...que me chamou para a rua.Tu vieste comigo.
Sentados de frente para essa estrela que nos aquece...viajámos por todos os locais onde andámos.
Um mês de distância, traz consigo, muitas coisas para contar...aventuras, peripécias, sentimentos e o cenário de hoje,era perfeito.Um rio calmo, um sol que brilhou intenso e se pôs, vermelho.
A agitação e o vai e vém das pessoas que caminhavam lentamente, viradas para o sol...misturava-se com o lançar da cana, dos pescadores que estavam por ali.De vez em quando, saltava no ar, algo prateado que se movia frenéticamente, peixes minúsculos, mas que são o pretexto para um pedaço de paz em frente ao rio.
Não importa se levam ou não o balde cheio no fim, se os vão comer, importa sim a paz.Parar.Absorver.Observar.E a esperança de lançar uma e outra vez aquela cana ao rio.
Com o sol posto, refugiámo-nos para uma bebida quente e os sabores de Belém.
O caminho, sem saber bem como, conduziu-nos a "casa".
Aquela que é sempre a casa de quem lá entrar.
Numa outra viagem, pela história de alguém, voltámos a entrar e a perceber como se dá o milagre da vida, o milagre que só nós podemos permitir que aconteça.E de como tudo é bem melhor, na luz.
Rostos, partilhas, saudades que tinha de alguns.A união, faz a força.
Amanhã partem para os Pirinéus, vidas, ao encontro de outras vidas.A tentação de partir é sempre grande, mas a minha comunidade tal como o meu Haiti,neste momento, chama-se PAI.
Um dia eu irei.
Volto a casa, com este sol ainda dentro de mim.
Ainda a cheirar a porto...e a rio.
Obrigado Duarte, P.Álvaro, anónimos que por mim passaram e compuseram esta tela.
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