quarta-feira, 3 de junho de 2009


Pai











Os dias deixam-me rodeada de amigos, com quem vou absorvendo a realidade externa a toda esta minha realidade interna.
Voltinha aqui, cafézinho acolá, chá aqui em casa, conversa pela noite dentro enquanto se conduz,(Obrigado Paulo), vai-se dizendo sem nos apercebermos o quanto de bom nos habita e nos faz recear, ou o que nos encoraja a seguir caminho.
E assim, vou rebentando a bolha onde ás vezes me vejo a flutuar, dormente.
Sobre o meu pai...hoje.
Que posso dizer mais?
Febre,desidratado,a infecção não cede nem por nada...mas bem disposto, apesar de tudo.
O mesmo ritual,massagem nas pernas e no braço, jantar,o mimo de um queque de maçã e lavar os dentes, adormecer, venho embora, mais reconfortada, por ter estado presente nesta rotina, com todo o meu amor.
Mas sobretudo por olhar para ele do mais profundo que sou, para o mais profundo que ele é.Em silêncio.
Ainda e sempre.



Daqui nada o sol vai voltar ao seu lugar, aqui, e é um novo dia que começa.

Até já.

1 comentário:

Peregrina disse...

O seu pai precisa da sua força!
É dela que se "alimenta".
Parabéns pela coragem, pelo amor !
Neste mundo, nem todos são capazes de o fazer!
Bjs
Anita