Sevilha
A viagem e a Chegada...
Pelas 5h da tarde de sexta feira, saímos nós de Lisboa.
Os Km eram muitos, mas o ânimo era maior.Partimos com confiança.Felizes.
No caminho, os diálogos surgiram profundos, as músicas embalavam-nos ou faziam-nos dançar, pensar, ficar longe, tão longe como a paisagem no horizonte.
Um encontro de Taizé, será sempre um acto de confiança, desde o momento em que partimos...nunca sabemos bem o que nos espera, como e por quem vamos ser acolhidos, mas uma mesma certeza nos une, e nos leva a partir uma e outra vez, com um sorriso no rosto.
Estamos juntos.
Shed, Eu, Lu.
Companheiras de caminho.
Tempo para descansar...
Para inventar...
A Lu, que conduziu 4h15, até Sevilha, sem tirar as mãos do volante, sem parar, sem hesitar, sempre com este sorriso.
Foi non stop.
Pôr do sol no caminho...já perto de Sevilha.
Munidas de mapas, e dois GPS, chamados Ana Lu e Selma, lá percorremos o centro de Sevilha, em Busca dos Maristas, o colégio que foi o "quartel general", destes dias.O acolhimento fantástico.
Depois de nos explicarem o caminho até casa, lá partimos á aventura, descobrindo que ali os nomes das ruas, ás vezes estão no meio das ruas, e não nas esquinas.
O que nos fez dar voltas e mais voltas na noite quente de Sevilha, á procura da nossa casa.
Por fim chegámos a casa, das Servas do sagrado coração de Jesus.
Uma comunidade onde vivem 3 irmãs que trabalham com a população local, na promoção da mulher, com toxicodependentes, emigrantes, na realidade daqueles bairros.
Hermana Maria, de 65 anos, Hermana Felicíssima de 86, e Hermana Dolores de 94 anos.
Esta última era um doce!Dava vontade de apertar.E trazer para casa.De tão meiga que era.
Mesmo sendo a mais velha, ainda visita doentes e idosos.Fantástico!
Amorosas.
Esperavam-nos desde as 19h, para jantar.
Numa ansiedade de quem espera alguém que não conhece, mas apesar disso quer muito acolher!
E pelas 00h30 chegámos nós.Á zona de Amate, nos arredores de Sevilha, a 10 min do centro de metro.De carro foi bem mais longe por irmos á descoberta!
Á nossa espera, tínhamos uma tortilha saborosa e uma salada fresquinha.O que soube muito bem depois de uma viagem.
Ficámos á conversa, até ás 2h da manhã.
Em exemplo de vida em comunidade, que recebemos e que dificilmente vamos esquecer.
Foram como mães, estes dias.Não deixaram que nada nos faltasse e a sua alegria quando nos viam entrar pela porta era, tão genúina.
Adormeci, ainda com o barulho das pessoas na rua, pois ali até tarde todos andam pela rua, cantam, batem palmas, e convivem nos seus pátios...havia ali uma alegria que me contagiou logo desde o início.
Ou não fossem as minhas raízes Andaluzes!
E estava assim, pronta a entrar de cabeça no encontro, com algumas perguntas na cabeça e muita vontade de viver tudo...principalmente o INESPERADO...
1 comentário:
Olá Rita. Mais uma vez, muito obrigada pela tua partilha... Gostei muito de ler mais este pedacinho da tua vida e de "conhecer" estas 3 pessoas maravilhosas, para além de vocês. Fica bem e dorme e descansa bem. Um abraço.
Enviar um comentário