2º e último dia de Encontro...
O acordar foi com a Lu a entrar no meu quarto, porque eu tinha adormecido, tal era o cansaço.
Em 10 min, tive que me despachar, pois na mesa, estavam churros quentinhos com chocolate quente, para o pequeno almoço...hummmmmm!
Os rostos das irmãs, marcaram-me nessa manhã, era a última refeição juntas...elas que prepararam tudo com imenso cuidado, para que nada nos faltasse.
Os Churros!Que todos comem de manhã...
O chocolate quente, caseiro, cremoso e energético...para o dia que se desenhava já á nossa frente.
Hermana Dolores, 94 anos.Um doce.
Um exemplo que nunca vou esquecer.
Um semblante de Paz.
Hermana Felicissima ou Feliz, de 86 anos.
Feliz de nome e de atitude na vida!
Hermana Maria, de 65 anos, Educadora de Infância, uma mulher de armas, decidida, e valente, (...que leva mesmo tudo á frente, imaginem ela a correr e a pedir ao motorista do autocarro, para não arrancar porque uma CHICA, vinha lá a coxear como se não houvesse amanhã...e aquele era o último autocarro da noite!!!Eu só me ria!)
Bom depois de 2h de ensaio, do coro, foi a missa na Catedral, e o encerramento do encontro.
Um momento único, em que a mensagem que passaram aos jovens, foi essa mesmo, de nos deixarmos levar pelo inesperado das nossas vidas.
Uma das poucas Polacas presente no encontro, cantamos sempre lado a lado e foi um trabalho em equipa sem dúvida.
O grupo coral, das Chicas Loucas...uma delas, tinha os pais no encontro mais o irmão pequenino, foram todos e cantaram no coro.Um dia, quero uma família assim.
Depois das despedidas, saímos para a praça, debaixo de um sol quente e um vento ameno.
O encontro não tinha terminado, para nós, que até ao último km, sentimos a força ali presente.
Mas tirámos a tarde, para passear e conhecer um pouco da cidade, agora que já não tinhamos responsabilidades.
E assim foi...Sevilha aí fomos nós.
Companheiras do caminho, felizes e unidas numa mesma fé.
Foi muito bom partilhar este encontro com elas.Sim pela paciência em caminhar devagar, pela confiança que se fortaleceu.Por partilharmos, lágrimas e sorrisos...pés cansados e doridos e maluquices.A beleza das coisas que vimos e guardamos em nós.
Praças sempre cheias e animadas!
A rua dos encontros!Aqui vi muita gente, que já partia para casa...
Um amigo, que nos vem visitar em breve, o Fran...ele que nos colocou no coro e ainda bem, responsável pelo acolhimento, fala mais de 5 línguas e é uma simpatia!Não gosta de fotografias mas tirou uma comigo.Ganhei!
A minha ovelhinha do Porto!Em todos os encontros nos vemos e há aquele abraço!
Metemo-nos pela bairro de Santa cruz, uma judiaria, de ruas estreitas, coloridas, meio árabes...linda, linda,linda.
E aí podemos comprar lembranças e almoçar numa "Bodega"!
Aqui tivemos um momento, cultural, ao provar um pouco da gastronomia local.
Com o calor, que se fazia sentir, começamos com um Gaspacho fresquinho, depois salada de pimentos com peixe, e por fim prato misto de pescadito frito, vários peixes fritos que eram uma delicía.Tudo regado de uma sangria fresquinha, boa conversa e convívio, com o empregado que era Ortodoxo...e um homem de paz.
Este menino, chama-se António, mora na Judiaria e passou pela nossa mesa a dizer adeus e mandar beijinhos...falador, levou um bocadinho de pão que foi a roer rua fora...sem vergonhas!
Eles são o melhor do mundo!
Será que passamos aqui?
Depois de atravessar os jardins de Morillo, passámos no Consulado Português.
E finalmente conheci a famosa, praça de Espanha.Toda trabalhada e em azuleijos mágnificos.
E ali senti-me em casa...
O sol queimava e a água sabia bem...
Uma ponte toda em azuleijos...
Aprendendo a tocar castanholas...Olééé!
Depois de muitas voltas a pé, voltámos ao metro, para regressar a casa...e enquanto esperava, o fresco da pedra soube mesmo muito bem!
Esticado o pernil...era bem capaz de dormir a siesta!Mas não havia tempo, Portugal era o destino e os mesmos Km, nos esperavam.Ainda tinhamos que ir a casa, despedir-nos das irmãs, buscar as malas e pegar no carro.
Com pena...de deixar uma cidade tão bonita e tão viva...onde o encontro foi tão especial.
Ainda tirámos meia hora, para comer uma bolinha de gelado, com sabor a pastilha elástica.(E se pedirem uma bola de gelado em Espanha, dão-vos uma taça de chantilly e a bola lá perdida no meio, com muito caramelo, que nem perguntaram se era para pôr...lol!)
Meia hora para falar um bocadinho do que se viveu...
Depois das despedidas...fizémo-nos á estrada, parando em Monte Gordo para lanchar...pensativas, alegres, nostálgicas...mas num caminho que sabemos ser aquele que escolhemos e nos fará certamente felizes.
Gratas pelo tanto que recebemos e partilhámos.
E sabem que mais, em Sevilha encontrei a chave que abre o meu coração...eu perguntei, e tive a resposta.A chave que me levará a viver para o resto da vida o INESPERADO!
Obrigado.
=)
Plim*
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