segunda-feira, 19 de maio de 2008

Penajóia!

O regresso...foi, doce como as cerejas.

Há tanto a dizer, quando o cansaço me deixar, com calma arrumar todos os sentimentos, para que saiam livres...

A viagem...

Saímos cedo, e depois de alguns imprevistos, fizemo-nos à estrada, e apesar de o caminho estar todo na nossa cabeça. o uso de mapas, não foi dispensado...






Tinha chegado o dia, tão esperado, de regressar a esse lugar, que nos marcou tanto.
E um sorriso não se pode esconder, porque não se consegue.










Na Régua, o encontro no nosso barquinho...
Que melhor sítio podia haver para o reencontro com o pessoal que vinha do norte?
Por ali ficámos um pouco à conversa, a saborear a paisagem da Régua...e a calma do Douro.







Chegar a Penajóia e apanhar cerejas...foi inédito, mal chegámos, de balde na mão, alguns subiram aos escadotes, e foi, apanhar e comer, eram doces, tão doces como aquele regresso...como o voltar a ver aquela imensidão, aqueles rostos...e recordar o verão.

Acima de tudo sentia-me em casa, e essa confiança fez com que mais uma vez tudo fosse especial.










O Vitor, armado em Macaco, pena que não caiu da árvore!!!(Tou a brincar Vitor, não zanga)











E traumatizar coelhos bebés, com tanto aperto...também foi conseguido.
É todo um mundo à parte com o qual não contactamos todos os dias...eu adoro o campo!









A Família reunida...depois do almoço, com o "Avô" Sabença, sempre atento e de palavras sábias, olhar firme...também.Esta família é qualquer coisa de extraordinário, pela forma como recebe, sempre com imenso gosto em nos ter por lá e dão-nos sempre tanto.

Todas as actividades programadas para o fim de semana, eles estavam lá, e correram bem, houve novamente o raly das missas, para a maioria...outros ficaram por Molães, como eu, a tentar fazer algo com as crianças e os jovens.

E como isso me fez lembrar o verão...e algumas crianças, lembravam-se de nós, tão bem.Lembro-me de reparar em cada detalhe, de cada local, e ver as diferenças...mas pouco mudou por Penajóia, o frio era mais, o vento, e céu cinzento, e alguns rostos que cresceram, como a Rosinha e a Sofia...falta fizeram, os manos, Sérgio, Carla e Carolina ooooooooooooh!



A ti Filomena...e este abraço quente.

Ela que cuidou de nós como ninguém, e as 6h da manhã ás vezes, já andava de avental pela escola, para nos preparar o almoço.

Ela marcou-me de forma especial, desde o Verão.Passou 40 anos, da sua vida a trabalhar naquela escola, e ia de Valclaro, á escola, a pé, todos os dias, e voltava, fizesse chuva ou sol.Isso valeu-lhe um jeito imcomparável de ser, meigo e fraterno, mas também 2 próteses nos joelhos...de tanto andar.




Depois da ida á nossa escola, nós e esta paisagem que tão bem conhecemos.

Não podiamos passar sem ir á nossa "casa", e qual não foi o meu espanto, quando vejo que a descida até lá está mais larga, o muro é novo e passam 2 carros se for preciso, mas a lama deu lugar ás pedras do caminho e por isso, mesmo, mesmo a chegar á escola, não desci mais...e fiquei focada na paisagem e nos meus pensamentos, uns instantes a sós, fazem sempre bem.

Olhei o grupo que subia a ladeira e ouvia-os cá em cima, e foi tão bom, como se só aqueles rostos e vozes, fizessem sentido naquele caminho, mesmo os que não estavam...

Daqui seguimos para a Régua, ponto de reencontros e despedidas...e desta vez de cenas teatrais!

Foi lá que vi a cena mais ilariante dos últimos tempos. Um homem enrraivecido, com um pau na mão, empoleira-se num muro para apanhar e matar uma cobra, imaginem!Tanto se esgueirou que conseguiu...

Não conto mais, porque não vale a pena, como se o animal não tivesse direito a viver enrrolado nas eras junto ao rio...enfim.Cá para mim tinha um trauma com cobras, pois disse, que uma vez matou uma piton, e logo na Régua...ahahahah!

E a despedida não tardou, pois o caminho para os do sul, era longo...e que vos posso dizer, custa sempre.Sorrimos, mas lembro-me dos primeiros minutos de viagem, ninguém falar, e cada um olhava para o seu vidro, estariamos talvez a pensar em tudo.Eu estava.

Mas, vocês existem, e cruzaram o meu caminho e eu o vosso e só isso...já é tão bom.




As saudades, não acabaram.
Mas...
O sonho, faz a estrada.


Gosto tanto de vocês.

3 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de la termos voltado, as saudades teimam em nao acabar... Saudades dos cheiros, sabores, das gentes e dos momentos que vivemos e que nunca mais se repetirao, pois nunca mais vamos ser o mesmo grupo de 22 pessoas numa terra que agr ja nao é desconhecida para Nós...

Anónimo disse...

Ai, recordar estas imagens.. Que saudades.. E eu que não pude estar.. :'(
Mas ainda bem que tudo correu bem... e estávamos bem representados por todos vocês...
Penajóia para sempre no coração

Anónimo disse...

Penajoia Foi lindo, soube a pouco mas visitar o teu blog e encontrar este texto e as fotos atenua as saudades que sinto de todos.
Tens o dom da palavra e ler o que escreves-te e viver o que passa-mos de uma forma muito intensa.
Obrigada por existires e teres cruzado a minha vida.
Beijos do tamanho do mundo.