Espero o impulso da Alma...

Ás vezes gostava de não olhar para trás...para longe.
Mas acaba por ser inevitável.
Passando os olhos pelo que se viveu, muitas vezes o sabor que fica é o de querer mais, ou até mesmo, de que não se fez ou disse tudo...não por não querermos, mas porque por 1000 razões...que agora, já pouco importam.
Uma palavra escrita.Um som.
Dias assim em que não há encontro.Há apenas um espaço entre tempos que param entre ser e estar.
Que espaço é este?Em que dimensão inventada em trejeitos de miuda inocente pairo eu?
Em que sonhos e quimeras ainda acredito?
Não ponho em causa o olhar dos outros sobre mim.Seria incapaz de o fazer, porque me é tão dificil vencer a diferença.
Impossivel vestir os olhos, que são antitese dos meus olhares.
Nas mãos que seguram a porta, apenas existe força suficiente para a manter fechada ou abri-la de par em par.Nunca gostei de portas entreabertas.Nunca.
Abstenho-me de pensar. Espero o impulso da alma.
Espero...espero-me!
Que espaço é este onde me mantenho fechada em troca da minha liberdade?
Serei apenas eu dentro de mim?
Ou serei eu para além de mim?
Na dúvida, a certeza fica escrita...

Sou eu!

...e por aqui fico...
Porque o silêncio, tem a voz de quem o sabe ouvir.