Abres a porta a medo, porque range, faz barulho. Não me queres acordar, mas eu não estou a dormir. Estou só de olhos fechados à espera. O silêncio pesa entre nós. E a luz, por que não a acendes? Não te lembrarás que tenho medo do escuro? Faz isso, acende a luz e dá-me a mão, um beijo na testa e uma festa no cabelo. Enxuga as minhas lágrimas, tapa-me até cá acima.
Deixa-me adormecer sobre o teu colo.
Pronto, estou aconchegada.
E feliz.
Agora sim, está tudo bem.
Não sabia que escondias as asas atrás da porta. Amanhã quero ver-te a voar. Bem alto, percebes?
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