domingo, 24 de maio de 2015

Ávinho 2015
















Uma semana depois de regressar de Taizé, acontece o famoso Ávinho.E a malta que vem toda nas nuvens, encontra-se por ali, para festejar, digamos em modo de ressurreição...e alegria não falta.
Ainda embebidos pelo espírito do que se viveu...felizes por nos reencontrarmos!
Eu adoro o Ribatejo, tem o seu encanto, a sua magia e esta festa traz-me recordações muito boas.
Aveiras sempre nos recebe assim, em tom de festa...gosto das portas abertas de casa em casa,onde sempre nos sentimos na nossa casa, do sentimento familiar que por ali encontro.Gosto de respirar o ar do campo logo pela manhã e de ouvir os galos e os cães.Gosto das febras, do sabor do vinho, do abafadinho, do chouriço assado, das farturas...e cuscurões da música popular que ali, faz sentido e de percorrer as mesmas ruas, vezes sem conta, sem querer ir exactamente para lado nenhum, senão para encontrar mais gente e abraçar e rir, e por ali ficar.Pouco se dorme...mas no fim fica o sentimento de termos aproveitado os dias e as noites, juntos.Mais uma vez!
Até para o ano Ávinho!?Há sim senhor!


sábado, 23 de maio de 2015

Taizé,o regresso a casa.
























































































Taizé.
Adiando escrever sobre o que vivi esta Páscoa.
Dois dias antes da partida, resolvi durante a madrugada, que queria ir.Não podia ter ido em melhor companhia.Aveiras de Cima, Filipe Mota.Em família.Muitos dos miúdos que conheci há anos atrás, são agora adultos, incrivelmente belos...
A palavra que marca esta experiência, é sem dúvida o REENCONTRO!
Voltar a casa, era isso que precisava fazer.Passaram 7 anos, desde a última ida a Taizé.Tanto que vivi no entretanto.Perdi um pai maravilhoso, parti para o mundo, passei pela Roménia, passei pela Turquia, vivi a experiência de uma vida, em Moçambique...foram anos para correr o mundo e fazer o meu luto.Mas Taizé sempre no meu pensamento.,,a saudade da paz inigualável.
Reencontrei tudo, pessoas que não via algumas há 10 anos, mas que me reconheceram mesmo sem as rastas...pois o olhar, a voz, a alma, de uma pessoa são coisas que dificilmente se esquecem.
Foi reencontro com os locais, Taizé pouco mudou...o sentimento é o mesmo, pelas ruas, pelas camaratas, e pela igreja que nos abraça assim que entramos nela...como um colo, que embala e nos faz ficar assim, serenos, sentindo que depois de tanto esperar aquele momento, estamos finalmente, onde devíamos estar.E nenhum outro local no mundo, onde tenha estado, me permitiria sentir assim.
Aproveitei a quietude e em jeito de retrospectiva passei por todos os anos da minha vida, em que estive longe de Taizé.Cresci muito em Taizé e também fora dele.Revivi cada momento.E isso leva-nos a um ponto de emoção que nos confirma que de facto se viveu e não foi uma vida de brincadeiras mas uma vida levada a sério.E continua a ser.
O ponto alto desta semana em Taizé, foi o workshop que a pedido do Irmão David, preparei com o Ir.Emanuel, e me deu imenso gosto fazer.Na minha modéstia apareceriam apenas Portugueses e conhecidos.Surpreendi-me, eram mais de 100, de tantos Países.E foi ali que se falou de missão, da entrega, da partilha e do que vale a pena na vida...esta viagem que fazemos apenas uma vez.Durante esta viagem que me foi concedida, já mudei a vida de tantos e outros tantos a minha!Assim mesmo numa dança entre nós e a vida...ás vezes caindo, outras acertando nos passos, mas dançar é mesmo isso.Neste workshop estiveram presentes 2 amigos Alemães, um deles que não via há mais de 8 anos.Soube que esteve um ano na Argentina em Missão!Foi um contributo rico, muito rico.
Depois foi descobrir nesta semana, novas vidas...que quero que permaneçam para sempre na minha,Conheci tanta gente tão bonita,Grupo de partilha, fabuloso, trabalho no coro, uma experiência a repetir e os trabalhos que sempre agarrava no momento...
Os dias foram de chuva, apenas no último dia, um sol morno e brilhante nos iluminou...mas que importa a chuva se ali o sol se faz sentir entre todos...de dentro para fora?
Voltar a adormecer naquelas camaratas, voltar a dar gargalhadas por aquelas ruas, voltar ao Oyak, caminhar pela aldeia, entrar na Igreja do Silêncio e agradecer junto à campa do Ir.Roger ter criado aquela comunidade...voltar a abraçar quem não conheço.Receber um sorriso logo pela manhã, só porque sim, porque a vida aqui, devia ser assim...
Taizé não é e nunca foi uma Utopia, é bem real, e sejamos nós capazes de viver de utopias que se tornam reais, aqui, no mundo que dizemos ser cinzento.Depende de nós ser vida, ser cor, paz e alegria na vida dos que se cruzam connosco.E se vamos a Taizé, que seja por isso...que nos torne tão apaixonados pela vida, como somos por aquele lugar.
E aquela casa, sempre espera por mim.Nunca está fechada...porque assim deviam ser as casas,não é?Pelo menos as que guardamos no coração.




Sei que devo ter vindo 5 anos mais nova de Taizé...