terça-feira, 4 de junho de 2013

Retratos do Uk



A lady francesa que foi enfermeira em África e na China...e fez milhares de partos a imensas crianças.
Em comum,temos o gosto por flores frescas, especialmente Tulipas!O gosto do café na boca e o cheiro que fica no ar...e que ela também gosta. Agora vive em Londres e tem um estilo muito próprio.o cabelo branco fica-lhe bem...e cada fio, tem a sua historia para contar.Quando encontra bebes na rua, para sempre para lhes falar...e saudar.Um amor.






A mulher do Zimbábue, que conheci na viagem entre Londres e Coventry.
Uma vida dura, que culminou em Londres, onde nada se adivinha menos duro.Mas as viagens a 3£, permitem que no dia livre que tem, possa ir ver os netos. Incentivou a filha a estudar na universidade.Orgulha-se disso.
Conta que a primeira vez que aqui chegou, ficou assustada.Agora continua a sentir-se estranha, mas tem trabalho.O sorriso era belo.Da paragem, sem transportes, demos-lhe boleia e ficou contente.Poupou 25£.
E fui dormir muito melhor.


O senhor, Londrino que viveu quase toda a sua vida em África do sul.Toma o seu café e croissant, no mesmo local calmo, que eu escolhi, para parar um pouco.
Claro que Moçambique veio logo para a mesa.O seu jeito de fumar, enquanto os olhos voavam para a mesma terra vermelha que ambos conhecemos.
Algo em comum.


A Filipina que passa as noites a cuidar do sono de muitos meninos, que ganha muito bem, mas que pouco vive.

O casal de Macau, que falava a mesma língua do que eu.Lindo.Viajaram meio mundo, sempre nas épocas baixas,pois fica mais barato.Mas viram tudo por metade do real custo.Uma cultura geral de meter inveja...e ficou o momento registado junto ao famoso Robin Hood, que tirava aos ricos e dava aos pobres!




As Angolanas, que montaram um restaurante de comida Portuguesa em Nottingham e ali fazem uns petiscos, de se lhe tirar o chapéu! 
A vida deu tantas voltas e Portugal, foi uma segunda casa...onde aprenderam a cozinhar e muito bem, todos os pratos Portugueses.Passam 16 anos que deixaram Angola, Luanda.Perguntam-me como vai a cidade...e eu no que registei, afago a saudade, que apenas a elas pertence.


       


E depois a rapariga, que passava os dias, a pensar num campo aberto, de terra vermelha e nas crianças que nele corriam livres a gritar,descalças.
Será que ainda correm por ali?E se lembram dela?
Ela sabe como se Ama, porque eles a ensinaram.





E tantos são os retratos que vou fazendo e encontrando.
Ensinam-me...emocionam-me.Ajudam-me a acreditar numa vida cheia de sonhos e amor.
Pequenos filmes...vão acontecendo. Sim, imediatos e verdadeiramente belos.