

Olhos que vêm,olhos que sentem... flutuam,acariciam, protegem, olhos que se apaixonam, todos os dias...pelo mundo.
Feijoada de Marisco, para uma convidada especial.
Cá em casa, é dia de almoçar com a Renata.
Os últimos dias, têm sido para aproveitar a sua companhia, antes de partir para Timor.
Passámos pela taverna dos trovadores em Sintra, com a Ana Lu, e ao som de música bem portuguesa, bebemos um copo, o que me soube muito bem depois de um dia passado entre centro de saúde para actualizar as vacinas, finanças, segurança social e loja do cidadão...a noite não podia ser melhor, para descontrair.
E o que nos temos rido juntas ao recordar velhos tempos.Voltamos aos lugares de sempre, descobrimos outros tantos...
Que bom ter uma mana assim, sempre presente, mesmo quando está do outro lado do mundo!
Hoje gozo o meu último dia de férias oficial, embora os fins de semana ainda reservem algumas aventuras para breve.
Hoje,dá-se também o regresso ao meu Telhal, aos meus doentes, que saudades...mais logo em Cascais Rui Veloso embala a noite, nas festas do mar e eu vou ouvi-lo!
Bom domingo!
Praias pequeninas, de acesso limitado para muitos, pacíficas.O azul é de encher os olhos da alma...o cheiro a maresia inebriante e o sol brilha quente beijando-nos a pele.
Rever amigos de há muito, essencial!Descobrir novos amigos, caminhar com outros tantos aqui dentro, que fazem também a minha história.
Há risos, brincadeiras, mergulhos, partilha, uma sesta pela hora do calor, banhos de mangueira no terraço, grelhados e o melhor de tudo, não temos horários ou obrigações, porque de facto, aqui pouco importam as regras...deixamo-nos ir ao sabor do dia.Ou não seriam férias.
Mais do que isso, sinto-me em casa.
Pela noite as ruas do Carvoeiro enchem-se de gente, turistas que bebem cerveja como se não houvesse amanhã e nós que passeamos de gelado na mão,apreciando as diferentes culturas e brilhos que por ali há, depois há quem dance na praça e o som do mar embala o resto.
Eu fico-me pelo terraço com o céu como fundo e o fresco que corre, penso no meu pai e no que eu gostava que ele pudesse viver ainda por mais tempo, e beber a vida, como me ensinou a fazer.
Assim vou dormir, com as palavras, que chegaram ali de Manta Rota, a uns bons Km daqui pelo Duarte, mas que são de Fernando Pessoa.
"A vida é breve, a alma é vasta: Ter é tardar."