sábado, 29 de setembro de 2007







Voar até...Durham!


















Sim.Irei.
Dia 23 de Novembro, dia em que faço 26 anos, levanto vôo e estou aí...para irmos abraçar árvores, respirar verde e dançar na rua...
Perceber porque é que dizes que estar ao sol é como estar á sombra, andar pelas ruas molhadas...que pisas.




Plim*


Chuva...traz o Outono?










Ah, como sabe bem um sábado de chuva, já me tinha esquecido deste sabor...


De acordar com as pingas na janela...de me deixar estar em pijama até ao almoço, e de fazer tudo perguiçosamente...de não ter horários.


De que já não patece coisas com gelo, mas coisas quentes...chá, chocolate quente...e chinelos de pano!


CASTANHAS!!!e o cheiro que espalham pela rua...


Usar roupas quentinhas...


Afinal Outubro não tarda mesmo nada...e o Outono já se instalou faz uns dias...


Hoje deixei-me ficar por aqui, a recordar, a ouvir aquelas músicas que apertam no peito, algum Jazz e outras tantas... pus um bolo no forno, para a sessão de cinema em casa do Jorge, logo á noite...


E assim vai ser o meu sábado, calmo, para poder também tomar algumas decisões, que vão mudar algumas coisas, brevemente.


Dias assim também fazem falta...e os meus pais até estranharam eu não ir passar um fim de semana fora, mas o próximo já estarei no Nacional JSF, no Porto, em Lordelo...e mal posso esperar por abraçar os que estão longe, mas comigo partilharam algo tão grande...


Estes dias normalmente ajudam a ficar nostágico, mas a nostalgia transformo-a em saudade doce...que prepara os caminhos do futuro...


sexta-feira, 28 de setembro de 2007


RAFAELA

Tudo começou, com muita dificuldade...

Muito choro, dias inteiros agarrada á minha bata, a perguntar pela mãe e pelo pai...

Afectos que apenas recebia mas que aprendeu a dar...

Muitos cuidados...preocupações, uma vida que tomei como minha...e nas minhas mãos.

Cumplicidades, segredos, meiguices...

Agora, ela tem que partir...

E eu fico de braços abertos á espera do dia em que volte a correr pelo portão a gritar: " Riiiii...Riiii"!!!

(Pena que os adultos, não compreendam o quanto estas mudanças bruscas marcam a vida de uma criança e a minha, estou cansada de ver partir...)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Sei...
















Sei ainda que sabor tinham os dias quando te conhecia


Guardo sempre o melhor de cada estação


No cais de embarque os comboios chegam e partem


E vou dizendo adeus a alguns rostos nas janelas


Guardo em mim sempre tudo o que me ensinam


Guardo mais que tudo o carinho com que os olhei um dia


Esqueci o que veio depois como se nunca tivesse vindo


E saí na estação que entendi ser a minha


E agora estou em casa e olho tranquila os dias


Que passam como comboios de alta velocidade


E levam e trazem sonhos e pessoas


E a vida sorri sempre sempre sempre e apesar...



Luz...






(Coimbra, 9 de Setembro 2007, numa qualquer esplanada...)
Como uma criança atravesso ruas e avenidas

Os olhos pousam e voam rasando o mundo...

Em todos os lugares que quero levar comigo
Entrego-me à vida com a doçura de quem não sabe mais...

E nada mais sei do que existir, sentindo o que me toca

Sei que não deveria dar-me assim sem medo

Dizem-me os conselhos que não se deve seguir em frente

Como se toda a gente se cruzasse nos caminhos

Com bandeiras brancas e olhos brilhantes de ternura

Sigo assim desprotegida dos que se escondem

Atrás de mágoas e intenções guerreiras de ferir

A brancura permanece intacta nos que sobrevivem

A fragilidade dos que não se protegem, enche os dias de luz.





quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Reina...é o seu nome.

Reina, é o nome de uma personagem á qual dei vida...
Desenhei duas, primeiro a carvão, depois os contornos...não consegui que ficasse de frente, nem de corpo inteiro...depois de algumas tentativas, eis o resultado final...
E podem saber a história, onde entra a Reina, toda desde o inicio..aqui:
Enjoy!

terça-feira, 25 de setembro de 2007






A partida...







Estavas com um sorriso suave...meio confuso talvez, com tanta agitação...
Rodeado de amigos...daqueles que te dizem muito, que eu sei...







Mas o tempo não perdoa...e em breves istantes atravessavas o corredor olhando sempre para trás, uma e outra e outra vez, acenando...com esse sorriso suave, a esconder um pouco o que verdadeiramente sentias...















Abraços de força, de volta breve...da falta que nos vais fazer.



















Voltei ao trabalho, anestesiada...mas tranquila, e estranhamente calma.
Acho que só quando a noite cair, me vou aperceber que já não estás mais aqui...
Vai tudo correr bem...
Até breve...breve.Ai.
É HOJE...
É HOJE...
É HOJE...
É HOJE...
É HOJE...
é hoje...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Tempo...








Entro e saio do meu quarto, como se esperasse alguém...alguém que não chega, nunca mais.
Esta noite, estou inquieta...por dentro e por fora.
Partes amanhã mesmo.

Acendi uma vela e um incenso, e aninhei-me nas almofadas, a olhar lá para fora...deixando-me estar assim aconchegada por uma luz fraca, mas terna.

E só poderia acabar de uma forma...

Sentar-me para escrever.
Há tanto para dizer...tanto para sentir.
É desta forma, que melhor sei sossegar a alma e dar-lhe voz.

Estes últimos dias foram intensos.
Para mim, na verdade todos os dias são intensos, porque descubro neles, razões que os tornam fortes...
Mas estes foram, até no meu respirar, especiais, onde quer que pousasse o olhar, via sinais e achava que eram mesmo dirigidos a mim...
Algo de divino me acompanha neste momento, a presença de alguém que gosto muito...que mesmo antes de partir, já deixa em mim uma forte presença...com sabor a VIDA!
Mas porque também eu já parti muitas vezes, embora nunca por tanto tempo, sei que nunca se volta sendo aquilo que se era...
Porque para mim há partidas interiores também...
E temo as partidas interiores, aquelas que o tempo e a distância ameaçam sempre, mas contra os quais lutamos ferozmente com todas as forças.Porque acreditamos.
Agora custa porque a quantidade de meses dita assim, nos parece uma eternidade...porque ainda não começaram a passar...
Por estes dias, penso nisto...por estes dias ando assim, nostálgica no olhar...nos gestos, no sentir, e os olhos esses, enchem-se vezes sem conta de água, que não chega a cair...
Terão tempo de cair, quando o tempo já for muito, assim junto, de tanto passar...e correr.
Pego de novo nas coisas que me lembram de ti, e nos marcaram...vejo e revejo algumas fotografias e sinto a alegria que foi cada momento, mesmo aqueles em que as coisas não corriam tão bem...tudo passou.
Porque perante uma partida, tudo isso perde o significado e no fim ainda nos ajudou a crescer.
Assim como acredito que este tempo e esta partida, farão crescer muito do que somos e ainda seremos...um dia.
Quantas viagens?Quantos fins de tarde...?
Quantos pés descalços na relva verde...e macia?
Quantos abraços nos pinheiros de uma qualquer serra...?
Quantas mochilas ás costas, e destino incerto?
Quantas loucuras?Canções...das quais sabemos as letras todas e cantamos confiantes, olhando o céu...
Quantas noites na praia, ouvindo o mar rebentar, para depois adormecer?
Quantas gargalhadas firmes?Felizes!

Quantos mais estão para vir?
O que já se viveu foi tão bom...construiu-me tanto, aumentou a minha alma!
Aumentou a minha fé, nas pessoas, no mundo, na magia das coisas...e no futuro, do qual tu fazes parte.
Há marcas tuas na rua, nas casas, nas pessoas...verte-ei em tudo.
E tudo fará mais sentido.


Hoje vou adormecer assim, por dentro dos desejos...esprando-te, seja daqui a uma hora, seja daqui a muito muito tempo...sorrindo.
Cheia de luz!

domingo, 23 de setembro de 2007

Sintra encantada...


Depois de irmos dormir tarde e a más horas...e de uma noite de emoções fortes...

Acordar foi bom...










Ficar em casa e acordar devagar, almoçar a sempre bela comida do meu Pai também...

E depois sim...

Saimos com destino a Sintra...que cada vez que é revesitada por mim, ganha novo sentido...depende da pessoa que vai comigo, e do meu estado de espirito...
Ir contigo e mergulhar na magia do Monte da Lua...
Foste a companhia perfeita para uma doce e morna tarde de começo de Outono...








Chegar a Sintra é sempre respirar fresco e verde...á sempre uma agitação e uma vida, próprias daquela vila...








Esta imagem por estranho que pareça, era familiar, pois olhei para ela num quadro 2 noites antes, no restaurante onde jantei...hoje voltei a olhar para ela, em tempo real, sem ser numa tela...








Paragem obrigatória na Piriquita...para um café, e uma queijada!



Um olhar sobre o passado de um local...

Gargalhadas que ficam guardadas na serra...






Banhos de sol, um sol doce de Outono, que beija mas não queima...





Recantos que prendem o olhar...


Uma bengala que quase era minha, pois isto de subir a serra, tem muito que se lhe diga...e eu para além de achar a bengala algo de belo, até preciso dela, ahahah!

Pequenos mundos na palma da mão...

E o tempo que escorre...

Cores quentes de Outono...já são palpáveis e bem visivéis!

Janelas encantadas por ti...

Um abraço nas árvores, para sentir o seu pulsar e a lembrar outros abraços...

Uma luz boa...que cria cogumelos laranja, que flutuam no ar, para além da imaginação!

A tua, a minha e a sombra do cão, que apareceu para a fotografia...







Uma paragem na estalagem Lawrence's, para o lanche...mas não haviam scones, e recebeu-nos o Torque!











Brincadeiras com a luz do sol...e aquela alegria de crianças...











Uma sesta improvisada ao sol...











O passado fala-nos por vezes e ali ele ouvia-se bem...






Mas acabámos a olhar para os reflexos do futuro...




Gosto de me perder com a luz, deixo-me ficar nela, bebo dela, respiro dela, porque só ela me alimenta...








A subida á peninha, foi para nos embrenahrmos na serra encantada dos duendes e ver o pôr do sol...do local onde já fui tão feliz com tantos rostos, esta era a tua vez!

E pelo caminho, a casa do Duende...


Chegámos, já ele se tinha posto, mas a luz que fica, tanto nos pode dizer...







E depois foi só abrir os braços e respirar horizonte sem fim...e deixar acalmar a alma com as tonalidades mais belas de um dia inteiro...




Deixámos a Peninha, já quase não se via o caminho...mas apreceu a Lua, alta brilhava e iluminou-nos com a sua luz branca...






E mais um dia para o báu das magias...para o que a vida tem de melhor, para o saber sonhar sempre...

Boa semana a todos...




E ontem...


Foi a tua "Festa" de despedida...
Festa e reconhecimento...
Festa e recordações...
Festa e música...
Festa e abraços...
Só ali me apercebi que afinal tu vais mesmo partir...
Mas não me despedi de ti...
Porque eu nunca me vou despedir de ti...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Cartaz do Nacional JSF










E foi assim que ficou o cartaz que resume em si, a semana Missionária em Penajóia...
Numa 4a á tarde depois do trabalho e a terminar com uma oração de Taizé!
Trabalho bom de se fazer...com aquele sorriso a lembrar cada momento!
Lá podem encontrar a fotogarfia de todos e ainda muitos bons momentos, que se podem ler, em cada dia que marcou...
Até ao Nacional!
Aquele abraço!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Dias para me despedir...












A razão e a emoção a chocarem a emplodirem.


Ela, não poderia nunca perceber aquelas lágrimas.


Há coisas que são indizivéis.


Ele, nunca lhe podeira explicar que lágrimas, eram apenas o resultado de uma complexa mistura de sentimentos.Mas talvez o que mais o assustava não fosse a despedida...mas a incerteza dos minutos seguintes.


As despedidas matam sem sequer matar.


Ela não poderia nunca perceber as lágrimas que caiam da sua cara.
Ele tão pouco poderia explicar, também as suas.Não lhe poderia dizer que chorava por, uma vez mais, não poder adiar o sonho de ficar.Porque para isso teria que dizer que queria ficar para sempre.Com ela.E isso não era a verdade.


Porque num determinado momento da vida se conhece aquela pessoa, e que nesse preciso instante se sabe que se vai ficar com aquela pessoa para sempre, um dia de cada vez, dentro do peito seguramente.E que ela passa a estar presente nos mais pequenos promenores e até no ar que respiramos.
Porque ficar não era o caminho certo.Pelo menos o dele.
O caminho certo seria sempre partir e descobrir, respirar...e ela sabia isso.Mas não podia impedir que as lágrimas saissem.
Porque há duas palavras com efeitos estranhos.Sempre.Nunca.
O para sempre assusta, mas o nunca também assusta...mais ainda, eu creio.
Ele queria partir, embora lhe doesse deixar tanto para trás...e estava feliz, apesar de deixar escapar essas lágrimas que lavam e marcam ao mesmo tempo...

E ela...

Ela queria que ele fosse feliz...somente.


Porque a presença de alguém, jamais será a de um corpo...mas sobretudo a de um espirito, a de uma essência única, impossivel de apagar.
Aguarda-o pacientemente, vivendo, respirando, viajando...e ele, estará sempre lá.Bem perto.

E ele talvez assim numa metade...
Ela inteira.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007




Alegoria da Caverna...



Dizem-me: "Não és sombra do que eras!" e não percebo logo o sentido da frase.

Reajo sem pensar: olho para trás à procura da minha sombra e, em vez dela, vejo outra pessoa. Assusto-me e viro-me para a frente.

Não olho para trás durante muito tempo e imagino um monstro nas minhas costas, pronto para me devorar.

Lembro-me do sombrio Peter Schlemihl que se tornou sombra de si próprio depois de vender a sombra ao diabo.

Penso: "Se não sou sombra do que era, hei-de ser sombra de outra coisa".

Fecho os olhos e regresso à infância, a uma noite de Verão em que Peter Pan voou pela minha janela deixando a sua sombra no meu quarto. (Era uma boa amiga a sombra de Peter Pan, brincávamos juntas pela noite fora à luz do candeeiro.)

Segredam-me ao ouvido: "Não tens sombra porque estás no escuro" e abro os olhos.

Não o podia ver, talvez fosse este o monstro nas minhas costas.

Ouvia-o mexer em objectos estaladiços e de repente acendeu-se uma chama.

E da chama nasceu a luz.

Olhei para ele.Tinha o rosto afunilado de Peter Pan, os mesmos olhos rebeldes.

Pensei: "A criança feita homem".

Disse-me: "Há outra forma de luz lá fora" e levou-me pela mão.

Podia ser este o diabo a quem Fausto vendera a alma e outros venderam o corpo, mas encolhi os ombros despreocupada.

Ofereço-lhe tudo isso de bom grado por ser dono da luz.

Caminhamos lado a lado com a dignidade com que os amantes caminham para o altar.

Estamos fora da caverna.

Não somos sombra do que éramos e a luz atravessa-nos ao meio.

Ou seja, não temos sombra e trocamos de alma como quem troca de corpo.

Somos livres.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Chave...













Atravesso de uma forma quase sonâmbula o fogo cruzado dos olhares.

Devolvo todos aqueles que me acertam.

Mas nenhum me acerta em cheio.

Pareço estar protegida por uma espécie de campo magnético, envolta em pertença a um poder que não é sequer exercido ou não sei se existe?

Porém é tão efectivo!

Chegada ao ponto, já não corro atrás de ninguém, estendo o braço e depositam-me na mão o que vier com o dia que nasce...

Agradeço com o sorriso que pouco depois se revela sempre numa boa surpresa...

Mas há sorrisos que marcam para sempre e olhares que passam a ser também parte do nosso olhar...

Deambulo vagamente, mais ou menos ao sabor da corrente humana, e o esboço distraído de um passo de dança é o único indício de que estou ali.

Fisicamente.

Na realidade estou muito, muito longe, mas não sei onde esse longe fica.

- Olá Rita...

Não ouço. Não páro.

Solto o ombro tocado, esgueirando-me e desaparecendo numa rápida mudança de direcção.

Nem qualquer rosto se encaixa no meu...nem qualquer coração me toca, ou desejo descobrir...

Mas a memória é uma coisa estranha e por vezes cruel.

No dia seguinte quase só conseguirei recordar a voz tão conhecida que me chamou, a mão tão desejada que tentou reter-me.

Ficarei a saber, tarde de mais, que afinal eu estava inteiramente ali.



















O meu quotidiano aparente desenrola-se quase sempre num espaço físico desprovido de lonjura.

Na realidade, porém, escapei-me dele, ando ocupada no meu abismo interno, onde travo conhecimento com a mulher em estado de renovação acelerada, que me surge cheia de surpresas, todos os dias, muitas vezes por dia.

Estou prenhe de emoções, ofegante de caminhar por pequenas artérias do eu... estou novamente pronta para mim.

Algumas suposições deixaram de o ser, experimento agora a essência real deixada em cada interstício, em cada sulco, bebo-a, essa realidade, e sinto o travo amargo de que não desgosto e aquele outro, doce, que se calhar não quero.

Afinal viver é um constante despertar para novos Eus.

Reviver - ah, gosto de recordações! - é um acto que envolve vários misticismos e é indispensável possuir o poder de ressuscitar de entre os escombros do passado.

Vivi, enlouqueci e morri; agora ressuscitei e encontro-me num estado hiper-acordado, absorvo as coisas com uma percepção rápida e surpreendida que me faz sorrir.

Nunca mais olho para onde não caiba, intensa e inteira.

Se pude renascer, se aqui estou e sou eu, então sê-lo-ei plenamente.

Nunca mais afogo no peito pedaços de sentimentos.

Quero dar-me e tomar o que me é dado, ser inspirada e inspiradora.

Quero cumprir-me sempre como mulher.